domingo, 26 de dezembro de 2010

Certificados de Depósitos Bancários – CDBs

Conceito

O conceito bancário é simples : O banco quer pegar o seu dinheiro a um custo X e emprestar a um custo Y, sendo que a diferença entre estas operações (X – Y) é que será o “ganha-pão” da instituição. É óbvio que o banco trabalhará com uma margem considerável avaliando vários fatores de riscos, como inadimplência, mercado, governo, etc. Dá-se o nome deste “lucro” de “spread”.

Já entendemos também que os bancos fazem relacionamentos entre si emprestando um aos outros conforme a sobra de caixa de cada um através de CDI (Certificado de Depósitos Interbancários).

Para que então os bancos mantenham um ganho de capital (afinal não existe filantropia aqui) e aumentem a sua riqueza fazendo o dinheiro gerar mais dinheiro, os bancos fazem empréstimos ao seu público através de certificados nominativos emitidos por ele e que podem ser adquiridos pelo público sob a seguinte forma :

Pré-Fixados : Não tem prazo mínimo para vencimento, as taxas  são conhecidas no instante da aplicação, de forma que vc saberá exatamente o que vai receber na data de vencimento. No momento de crise com tendência a alta dos juros, os bancos dão preferência a captação em longo prazo;

Pós-Fixados : Tem o rendimento atrelado aos indicadores de mercado como o CDI ou a TR (Taxa de Referência). Os títulos referenciados à CDI pagam correspondentes a taxa interbancária em forma de percentual. Ex.: 95%, 99%, 100%, até 102% da CDI;

O rendimento pode variar conforme o risco a ser assumido, considerando as variantes de prazo e o tipo se é pré/pós-fixado;

A liquidez é alta pois pode ser resgatado a qualquer momento, porém conta com o prejuízo de perder o rendimento;

O risco dependerá da instituição que estará sendo feito a aquisição do título, e está garantida pelo FGC até a quantia estipulada pelo Banco Central;

Existe tributação para este investimento :

Imposto de Renda: cobrado na data de vencimento ou em caso de resgate antecipado, sobre o ganho normal obtido entre a data de aplicação e a de vencimento/resgate, de acordo com a tabela regressiva vigente.

IOF: Cobrado em casos de aplicações de prazo inferior a 30 dias sobre o ganho nominal obtido entre a data de aplicação e a data de resgate, de acordo com tabela progressiva vigente.

Dificilmente vc encontrará em seu banco corrente títulos de CDB de outras instituições, para isso vc pode recorrer a uma corretora de valores para fazer tal operação e ter direito a outras opções mais atrativas.

Dicas do Investidor : Cibele Bertolucci

Aprendendo com quem conhece
Meu nome é Cibele Bertolucci, 44 anos, casada há 16 anos, 2 filhos de 14 e 7 anos. Trabalho no Itaú Unibanco, na estruturação de fundos de investimento estruturados destinados a investidores qualificados. Quando observamos o comportamento dos pequenos investidores, verificamos que a variedade de produtos financeiros que são oferecidos acabam muitas vezes deixando-os confusos e com medo de arriscar em novas modalidades financeiras. Este Blog é uma iniciativa muito interessante em descrever algumas das modalidades de investimento àqueles pequenos investidores que buscam a informação. Uma dica para os pequenos investidores que gostariam de diversificar seus investimentos é primeiramente identificar o seu perfil em relação ao risco, seja conservador, moderado, arrojado ou agressivo e tomar conhecimento dos riscos que cada produto apresenta. O meu perfil é moderado, procuro diversificar os meus investimentos na seguinte proporção: 10% em títulos de renda fixa pré-fixados (CDB pré e Fundos de Renda Fixa), 15% em multi-mercado (Fundos Balanceados), 10% em renda variável (Fundos de Ações) e 65% títulos de renda fixa pós-fixados (Poupança, CDB DI e Fundos DI).
Em relação aos fundos imobiliários

Aproveito a oportunidade para informar que os Fundos Imobiliários, aqui descritos mencionam que são de alta liquidez, porém estes fundos são constituídos sob a forma de condomínio fechado e podem ter prazo de duração indeterminado, somente há possibilidade de compra e venda de cotas no mercado secundário, sendo que o cotista poderá enfrentar dificuldades na negociação das cotas. Por outro lado apresenta as vantagens do mercado imobiliário sem investir em um imóvel próprio, tal como beneficio fiscal de isenção de Imposto de Renda aos rendimentos distribuídos pelo Fundo às Pessoas Físicas que possuam menos de 10% das cotas do Fundo, o qual, por  sua vez, precisa ter mais de 50 cotistas e ter suas cotas negociadas exclusivamente em Bolsa. 


Empréstimos Interbancários

Ao longo do dia após todas as operações bancárias realizadas como:  saques, depósitos, pagamentos, compensação de cheques, aplicações, transferências, etc. , enquanto todos dormem (ou presume-se que), entram em operação os ajustes de contas entre os bancos e o Banco Central.

Todo dinheiro em caixa dos bancos, conhecido como depósitos à vista, uma parte deste vai para o Banco Central através de meio eletrônico para o controle da moeda em circulação1.

A partir deste instante os bancos começam a fazer ajustes dos seus caixas, pois alguns bancos estão com mais dinheiro e outros com menos, daí começa uma negociação entre as entidades para realizarem os depósitos junto ao Banco Central.

Estes empréstimos entre bancos são feitos através de CDIs (Certificados de Depósitos Interbancários), aos quais só os bancos têm acesso, e estão atrelados a uma taxa de empréstimo entre bancos de curtíssimos prazos (Hot Money) que tem “lucros” ou “spread” baixíssimos.

Chamamos esta taxa diária de juros interbancários de DI-Over, e é a mesma para todos os bancos garantindo uniformidade e controle.

Para que um banco não tenha que recorrer a este empréstimo interbancário o mesmo começa a captar recursos entre os correntistas a fim de obter dinheiro a um custo mais baixo e aumentar o seu “lucro” ou “Spread” ao emprestar dinheiro ao mercado através de títulos chamados de CDBs (Certificado de depósitos bancários) ou RDBs (Recibo de depósitos bancários) a taxas e diversidades conforme sua necessidade.

O Banco somente solicitará empréstimos aos correntistas através destes títulos, para honrar a sua carteira de empréstimos e diminuir a necessidade de depósitos interbancários.

A diferença entre CDBs e RDBs são que os certificados (CDBs) podem ser renegociados entre as instituições e os recibos (RDBs) são nominais e não pode ser renegociados.

(1)             O Banco Central tem que fazer o controle da moeda em
circulação nos bancos para que os bancos não gerem mais dinheiro
do que tem em depósitos, evitando assim um colapso monetário.

Nem tudo será perdido !

Fundo Garantidor de Crédito - FGC

O Fundo Garantidor de Crédito- FGC constitui-se numa associação civil sem fins lucrativos, com personalidade jurídica de direito privado do Brasil,que administra um mecanismo de proteção aos correntistas, poupadores e investidores, que permite recuperar os depósitos ou créditos mantidos em instituição financeira, em caso de falência ou de sua liquidação. São as instituições financeiras que contribuem com uma porcentagem dos depósitos para a manutenção do FGC, que através da Resolução 3.251/04, do CMN, com 2% (anteriormente eram 5%) sobre o valor total das contas cobertas pela garantia em todo o sistema financeiro.

Ele existe devido a a Resolução nº 2.211/95, do CMN, e a Circular Bacen nº 3.270/04.

Foi originado do extinto FGDLI - Fundo de Garantia de Depósitos e Letras Imobiliárias - a partir da reversão de seus valores para o FGC.

Também foram absorvidos a massa de depósitos do RECHEQUE - Reserva para a Promoção da Estabilidade da Moeda e do Uso do Cheque - que consistia num fundo criado para a absorção das multas cobradas dos emitentes de cheques sem provisão de fundos.

O FGC garante, atualmente, perdas de até R$ 70 mil, para cada pessoa contra a instituição bancária alvo de alguma operação financeira.

No início de 2009, com o objetivo de criar melhores condições para que as instituições financeiras médias e pequenas voltassem a realizar operações de crédito, o Conselho Monetário Nacional –CMN aprovou a Resolução n° 3.692, de 26 de março de 2009, alterada pelas Resoluções n°s 3.717, de 23 de abril de 2009 e 3.793, de 28 de setembro de 2009, que autorizou os bancos comerciais, os bancos múltiplos, os bancos de desenvolvimento, os bancos de investimentos, as sociedades de crédito, financiamento e investimento e as caixas econômicas a captar, a partir de 01 de abril de 2009, depósitos a prazo, sem emissão de certificado, com garantia especial (Depósito a prazo com Garantia Especial – DPGE) a ser proporcionada pelo FGC no valor de até R$ 20 milhões por depositante.

SÃO OBJETOS DE GARANTIA DO FGC:
  • Os depósitos à vista ou sacáveis mediante aviso prévio;
  • Depósitos de poupança;
  • Depósitos em conta corrente de depósito para investimento;
  • Depósito á prazo com ou sem emissão de certificado;
  • Depósitos mantidos em contas não movimentáveis por cheques destinadas ao controle do fluxo de recursos referentes à prestação de Serviço de pagamentos de salários, vencimentos, aposentadorias e similares;
  • Letras de câmbio;
  • Letras imobiliárias, hipotecárias;
  • Letras de crédito imobiliário;

NÃO SÃO COBERTOS PELA GARANTIA:
  • Os depósitos, empréstimos ou quaisquer outros recursos captados ou levantados no exterior;
  • As operações relacionadas a programas de interesse governamental instituídos por lei;
  • Os depósitos judiciais;
  • Os depósitos a prazo autorizados a compor o Nível II do Patrimônio de referência (PR), de que trata a resolução nº 2.837, de 30 de maio de 2001.

Tudo o que você queria saber sobre Poupança e ficou com vergonha de perguntar

Para aqueles que ainda ficaram com dúvidas sobre a Poupança, quem deve investir e como, separei algumas perguntas mais frequentes e as repostas :

Quem deveria investir na caderneta de poupança?
O pequeno investidor, que está começando o processo de poupança e se sente mais seguro aplicando num investimento que lhe seja mais familiar;

O que é preciso para abrir uma caderneta?
É preciso apenas apresentar documentos de praxe como CPF, RG, comprovante de endereço. É possível inclusive abrir uma caderneta em nome de terceiros, como crianças. Neste caso, uma pessoa maior fica responsável pela poupança;

Qual o valor mínimo que preciso investir para começar?
O valor mínimo da aplicação em poupança é determinado pelos bancos e varia de acordo com a instituição bancária. Mas normalmente são valores pequenos, acessíveis ao pequeno investidor;

Posso retirar meu dinheiro a qualquer hora?
Sim, a aplicação em poupança tem muita liquidez. Entretanto, os investimentos em poupança se rentabilizam em aniversários a cada 30 dias. Assim, se o investidor retirar parte do dinheiro aplicado em prazo inferior a este, perderá a rentabilidade do período;
 
Como funciona a rentabilidade da poupança?
A remuneração mensal da poupança é de 0,5% + TR (Taxa Referencial). A correção é diferenciada para cada dia, de acordo com a quantidade de dias úteis no mês e a oscilação da TR;

Quais os tributos que incidem sobre a poupança?
Pessoas físicas e jurídicas não-tributadas não pagam imposto de renda. Pessoas jurídicas tributadas com base no lucro real pagam imposto no ato da declaração de rendimentos;

Quais as garantias do investimento em poupança?
Os recursos depositados são garantidos pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC) em até R$ 20 mil. Vale dizer que este é o valor total da garantia oferecida ao conjunto de aplicações financeiras e saldo em conta corrente que o investidor tiver em cada banco. Por exemplo: se há R$ 30 mil em poupança e R$ 10 mil em CDB no banco X, o valor coberto pelo FGC será de no máximo R$ 20 mil;

Quais as vantagens da aplicação?
É possível depositar pequenas quantias sem abrir mão da liquidez. O investidor não paga IR, nem taxas de administração;

Quais as desvantagens da aplicação?
Normalmente, o rendimento oferecido pela caderneta tem sido inferior a outras modalidades de investimento de renda fixa, como fundos;

Quem define as regras da poupança?
O Banco Central. Mais informações podem ser encontradas no site da instituição http://www.bc.gov.br/.

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Poupança - Conservadorismo em demasia

A poupança tem sido durante anos a mais básica e conservadora forma de investimento. A poupança atrai muitos clientes pela facilidade de movimentação, ao qual não exige limite mínimo de aplicação, e a liquidez é alta, onde o cliente pode ter o dinheiro a qualquer momento independente do valor resgatado, e o risco quase zero é mantido pelo Banco Central.

Assim como todo investimento existe uma relação direta entre risco X rentabilidade, se a poupança tende a manter o risco zerado, o rendimento por conseqüência é o mais baixo em comparação aos outros investimentos, mas para quem procura comodidade, baixo ou nenhum risco e ainda manter as economias não prejudicada pela inflação, a poupança neste caso é a mais recomendada.

Atualmente, os valores depositados na Poupança são remunerados mensalmente a uma taxa de juros de 0,5%, aplicada sobre os valores atualizados pela Taxa Referencial (TR).

A maior parte dos recursos depositados em Poupança financia o Sistema Financeiro de Habitação (SFH), através de diretivas que disciplinam as regras para o direcionamento dos recursos captados em depósitos de poupança pelas instituições integrantes do SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo), estabelecendo que 65%, no mínimo, devem ser aplicados em operações de financiamentos imobiliários, sendo que 80% do montante anterior em operações de financiamento habitacional no âmbito do SFH e o restante em operações a taxas de mercado, desde que a metade, no mínimo, em operações de financiamento habitacional, bem como 20% do total de recursos em encaixe obrigatório no BACEN e os recursos remanescentes em disponibilidades financeiras e operações de faixa livre.


Principais vantagens da Poupança:

·         Isenção de Imposto de Renda;
·         Possui garantia bancária até o valor de R$ 20 mil (se o banco quebrar, eles lhe garantem até R$ 20 mil);
·         Pode ser aberta por qualquer pessoa ou para qualquer pessoa e com qualquer quantia (até R$ 1) dependendo das regras da instituição;
·         Caso o resgate ocorra antes do período de rendimento, o valor principal é mantido, apenas os rendimentos no período não são considerados, mas esta regra pode variar entre as instituições;


A história

A origem da Poupança remonta ao início da atividade da CAIXA como instituição financeira ainda no século XIX. Aliás, os surgimentos da CAIXA e da Poupança estão entrelaçados, uma vez que o banco foi criado para, principalmente, recolher os depósitos dos brasileiros, especialmente aqueles de classes sociais menos favorecidas.

Essa associação pode ser percebida em trechos do Decreto nº 2.723, de 12 de janeiro de 1861, que criou a Caixa Econômica da Corte. No Artigo 1º, o então Imperador Dom Pedro II afirmava: "A Caixa Econômica estabelecida na cidade do Rio de Janeiro (...) tem por fim receber, a juro de 6%, as pequenas economias das classes menos abastadas e de assegurar, sob garantia do Governo Imperial, a fiel restituição do que pertencer a cada contribuinte, quando este o reclamar (...)".

Ou seja, a Poupança foi inicialmente concebida como uma reserva monetária para as camadas mais pobres da população, ou, na linguagem popular, como o "pé-de-meia" que serviria de "socorro" nos momentos mais difíceis, inclusive como uma garantia para a velhice. Sob a égide do poder público, a Poupança foi considerada um investimento seguro, garantido.
(Fonte: http://www.caixa.gov.br/Voce/Poupanca/historia.asp)



terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Fundos Imobiliários

Os Fundos Imobiliários, à semelhança dos fundos de ações, renda fixa, derivativos, etc., são regulados, fiscalizados e têm seu funcionamento autorizado pela CVM – Comissão de Valores Mobiliários, por se tratar de captação de recursos do público para investimento. A quota de um fundo imobiliário é valor mobiliário, conforme estabelece o artigo 3º da Lei 8.668/93. Aliás, um fundo imobiliário é bastante semelhante a uma empresa de capital aberto, com seus acionistas, aumentos de capital, assembléias, distribuições de resultado, etc.
                              
Os Fundos Imobiliários são formados por grupos de investidores com o objetivo de aplicar recursos, solidariamente, em todo o tipo de negócios de base imobiliária, seja no desenvolvimento de empreendimentos imobiliários ou em imóveis prontos. Do patrimônio de um fundo podem participar um ou mais imóveis, parte de imóveis, direitos a eles relativos, etc. Com a regulamentação introduzida pela Instrução CVM nº 472, que vigora desde 03/12/2008, estes fundos podem investir em vários títulos e valores mobiliários que tenham como foco e/ou lastro principal o mercado imobiliário.

Atualmente já estão em funcionamento mais de 90 fundos imobiliários no Brasil, com patrimônio total em torno de 6 bilhões de reais. (Veja aqui a relação de fundos em atividade)

O modelo de FII adotado no Brasil possui as seguintes características:

·        Pode ser constituído de bens e direitos imobiliários, além dos outros ativos citados no artigo 45 da Instrução CVM nº 472, que podem ser utilizados para integralização;
·        É, obrigatoriamente, administrado por instituição financeira;
·        Não tem personalidade jurídica própria. A instituição financeira que o administra "empresta" sua personalidade jurídica ao fundo, tornando-se proprietária fiduciária dos bens integrantes do patrimônio, os quais não se comunicam com o patrimônio da instituição;
·        O fundo pode manter parte de seu patrimônio em caixa, tendo em vista sua necessidade de liquidez. O saldo em caixa deve ser aplicado em ativos de renda fixa;
·        Para os casos de fundos destinados a construir imóveis, as integralizações podem ser parceladas em séries. Os fundos podem, também, efetuar aumento de capital mediante a emissão de novas quotas;
·        É um fundo fechado, ou seja, não permite resgate das quotas. O retorno do capital investido se dá através da distribuição de resultados, da venda das quotas ou, quando for o caso, na dissolução do fundo com a venda dos seus ativos e distribuição proporcional do patrimônio aos quotistas.

Onde investir no mercado imobiliário ?

Conforme o meu levantamento, existem diversas opções de investimento no mercado imobiliário, seguem alguma delas :

·         Aquisições de terrenos;
Investimento a longo prazo, com baixa liquidez e baixo risco, ao qual consiste em comprar um imóvel e vendê-lo mais tarde acreditando na valorização dos imóveis;

·         Aquisições de imóveis usados para revenda;
Investimento a longo prazo, com baixa liquidez e médio risco, ao qual consiste em comprar um imóvel  usado e vendê-lo mais tarde acreditando na valorização dos imóveis. O risco fica por conta de uma má avaliação do imóvel;

·         Financiamento de imóveis novos em construção;
Investimento a longo prazo, com baixa liquidez e médio risco, ao qual consiste em financiar a construção de um imóvel com o propósito de vendê-lo mais tarde acreditando na valorização dos imóveis. O risco fica por conta da idoneidade da construtora associado ao risco de valorização;

·         Compra de imóveis para aluguel;
Investimento a curto prazo, com baixa liquidez, médio risco e retorno duvidoso, ao qual consiste alugar imóveis a terceiros tendo ganho mensais. O risco fica por conta da depreciação do imóvel e da possibilidade de ficar sem alugar e também da possibilidade de ter ganhos maiores em outros investimentos;

·         Fundos imobiliários;
Investimento a curto prazo, com alta liquidez, baixo risco, e consequentemente menores rendimentos, ao qual há a possibilidade de aquisição de fundos de investimentos imobiliários de empresas que diversificam a estratégia e são conhecedoras do segmento. O risco fica por conta do mercado imobiliário e da administração do fundo;



Resumo sobre o mercado imobiliário

A história repete o feito do boom imobiliário de 1980, onde na ocasião houve um crescimento na busca de imóveis alavancado pelos programas de incentivo do BNH, que perdurou por anos e teve o seu declive nas crises econômicas que seguiram, também fortemente influenciados pelo Plano Collor. Com a estabilização do Real e a recente criação de programas de incentivos como o “Minha Casa Minha Vida” estão alavancando o mercado novamente assim como ocorreu na década de 80 e com isso podemos entender que estamos seguindo o mesmo caminho de 30 anos atrás, tendo um mercado em plena expansão.

Assim como o incentivo do governo com os planos de casas populares, o surgimento da “nova classe média” também tem alavancado e aquecido este segmento, porém o que eu acredito que seja o fator determinante para este crescimento é equiparadamente ao resultado de uma fábrica, os custos estão baixando por conseqüência o preço é mais acessível e a produção aumenta. Isto é possível graças à aplicação de projetos padronizados e a abundância de recursos para investimentos nestas obras, inclusive por nós investidores em busca de maiores ganhos. Para isso temos os fundos imobiliários que sustentam e financiam este setor da economia.

Porém alguns detalhes devemos estar atentos que são em relação à supervalorização imobiliária que vem ocorrendo na maioria das capitais que ao invés de ajudar na aceleração do crescimento pode ser um fator redutor, pois esta supervalorização prejudica o acesso a uma classe mais desfavorecida e com isso há a diminuição de procura e conseqüentemente uma diminuição na produção diminuindo significativamente o resultado dos investidores.

Acredita-se que o mercado normalmente fará a regulagem e a estabilização destes fatores de forma a equilibrar o mercado e termos um crescimento satisfatório.

sábado, 18 de dezembro de 2010

Crise imobiliária americana

A crise da economia americana - uma explicação bem didática
Bill comprou um apartamento, no começo dos anos 90, por 300.000 dólares financiados em 30 anos. Em 2006 o apartamento do Bill passou a valer 1,1 milhões de dólares. Aí, um banco perguntou pro Bill se ele não queria uma grana emprestada, algo como 800.000 dólares, dando seu apartamento como garantia. Ele aceitou o empréstimo, fez uma nova hipoteca e pegou os 800.000 dólares.
Com os 800.000 dólares. Bill, vendo que os imóveis não paravam de valorizar, comprou 3 casas em construção dando como entrada algo como 400.000 dólares. A diferença, 400.000 dólares que Bill recebeu do banco, ele comprometeu: comprou carro novo (alemão) para ele, deu um carro (japonês) para cada filho e com o resto do dinheiro comprou TV de plasma de 636 polegadas, 43 notebooks, 1634 cuecas. Tudo financiado, tudo a crédito. A esposa do Bill, sentindo-se rica, sentou o dedo no cartão de crédito.
Em agosto de 2007 começaram a correr boatos que os preços dos imóveis estavam caindo. As casas que o Bill tinha dado entrada e estavam em construção caíram vertiginosamente de preço e não tinham liquidez.
O negócio era refinanciar a própria casa, usar o dinheiro para comprar outras casas e revender com lucro. Fácil... parecia fácil. Só que todo mundo teve a mesma idéia ao mesmo tempo. As taxas que o Bill pagava começaram a subir (as taxas eram pós fixadas) e o Bill percebeu que seu investimento em imóveis se transformara num desastre.
Milhões tiveram a mesma idéia do Bill. Tinha casa pra vender como nunca.
Bill foi agüentando as prestações da sua casa refinanciada, mais as das 3 casas que ele comprou como milhões de compatriotas, para revender, mais as prestações dos carros, as das cuecas, dos notebooks, da TV de plasma e do cartão de crédito.
Aí as casas que o Bill comprou para revender ficaram prontas e ele tinha que pagar uma grande parcela. Só que neste momento Bill achava que já teria revendido as 3 casas mas, ou não havia compradores, ou os que haviam só pagariam um preço muito menor que o Bill havia pago. Bill se danou. Começou a não pagar aos bancos as hipotecas da casa que ele morava e das 3 casas que ele havia comprado como investimento. Os bancos ficaram sem receber de milhões de especuladores iguais a Bill.
Bill optou pela sobrevivência da família e tentou renegociar com os bancos que não quiseram acordo. Bill entregou aos bancos as 3 casas que comprou como investimento perdendo tudo que tinha investido. Bill quebrou. Ele e sua família pararam de consumir.
Milhões de Bills deixaram de pagar aos bancos os empréstimos que haviam feito baseado nos preços dos imóveis. Os bancos haviam transformado os empréstimos de milhões de Bills em títulos negociáveis. Esses títulos passaram a ser negociados com valor de face. Com a inadimplência dos Bills esses títulos começaram a valer pó.
Bilhões e bilhões em títulos passaram a nada valer e esses títulos estavam disseminados por todo o mercado, principalmente nos bancos americanos, mas também em bancos europeus e asiáticos.
Os imóveis eram as garantias dos empréstimos mas esses empréstimos foram feitos baseados num preço de mercado desse imóvel, preço que despencou. Um empréstimo foi feito baseado num imóvel avaliado em 500.000 dólares e de repente passou a valer 300.000 dólares e mesmo pelos 300.000 não havia compradores.
Os preços dos imóveis eram uma bolha, um ciclo que não se sustentava, como os esquemas de pirâmide, especulação pura. A inadimplência dos milhões de Bills atingiu fortemente os bancos americanos que perderam centenas de bilhões de dólares. A farra do crédito fácil um dia acaba. Acabou!
Com a inadimplência dos milhões de Bills, os bancos pararam de emprestar por medo de não receber. Os Bills pararam de consumir porque não tinham crédito. Mesmo quem não devia dinheiro não conseguia crédito nos bancos e quem tinha crédito não queria dinheiro emprestado.
O medo de perder o emprego fez a economia travar. Recessão é sentimento, é medo. Mesmo quem pode, pára de consumir.
O FED (Banco Central Americano) começou a trabalhar de forma árdua, reduzindo fortemente as taxas de juros e as taxas de empréstimo interbancário. O FED também começou a injetar bilhões de dólares no mercado, provendo liquidez. O governo Bush lançou um plano de ajuda à economia sob forma de devolução de parte do imposto de renda pago, visando incrementar o consumo porém essas ações levam meses para surtir efeitos práticos. Essas ações foram corretas e, até agora não é possível afirmar que os EUA estão tecnicamente em recessão.
O FED trabalhava. O mercado ficava atento e as famílias esperançosas. Até que o inesperado impensável aconteceu. O pior pesadelo para uma economia aconteceu: a crise bancária, correntistas correndo para sacar suas economias, boataria geral, pânico. Um dos grandes bancos da América, o Bear Stearns, amanheceu, quebrado, insolvente.
No dia seguinte o FED, de forma inédita, fez um empréstimo ao Bear, apoiado pelo JP Morgan Chase, para que o banco não quebrasse. Depois disso o Bear foi vendido para o JP Morgan por 2 dólares por ação. Há um ano elas valiam 160 dólares. Durante a semana dezenas de boatos voltaram a acontecer sobre quebra de bancos. A bola da vez seria o Lehman Brothers, um bancão. O mercado e as pessoas seguem sem saber o que esperar nos proximos dias.
O que começou com o Bill hoje afeta o mundo inteiro. A coisa pode estar apenas começando. Só o tempo poderá dizer o que vai acontecer...

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Dicas do investidor : Alex Coura

Aprendendo através de exemplos

Acredito que nada melhor do que tomar a iniciativa para investimentos é aprender com pessoas bem sucedidas e como as mesmas desenvolvem as suas estratégias. Uma coisa tem que ficar claro, que muitas vezes uma carteira de investimentos de um investidor está dando certo para uns mas não funciona para outros, justamente por que cada investidor tem diferenças de perfis e conforme analisado anteriormente dependerá dos fatores críticos como rentabilidade, lucratividade, risco e liquidez.

O que estaremos fazendo todas as sextas é trazendo exemplo de pessoas e as suas dicas pessoais sobre investimentos, em seguida farei análise sobre estes investimentos e conto com a colaboração de todos para resolver dúvidas e acrescentar algo mais para todos.

Alex Fernandes Coura - Diretor de Tecnologia

"Sou Alex F. Coura, 41 anos, trabalho no Grupo Negrini como Diretor de TI. Sou casado há 9 anos, tenho um filho de 6 anos. Costumo investir em ações (5%), imóveis em construção (80%) e poupança (15%). Apesar de uma liquidez inferior, nos últimos anos, o mercado imobiliário paulistano permitiu ganhos de até 35% a.a com risco relativamente baixo, desde que o comprador tenha conhecimento do segmento. Atualmente o ganho está menor, mas ainda está valendo a pena."




Primeiramente gostaria de agradecer a participação do Alex, grande amigo, ao qual trouxe outras alternativas de investimentos das já citadas, que muito embora pareça algo conservador os números revelados por ele confirmam o momento do mercado imobiliário brasileiro.


Expansão do setor imobiliário no Brasil é sustentável, dizem especialistas

Demanda reprimida pode ter causado superaquecimento no mercado, de acordo com executivos ouvidos por AméricaEconomia.
O aumento do crédito, associado à queda da inadimplência e às condições macroeconômicas favoráveis contribuíram para o superaquecimento do setor imobiliário no Brasil. Apesar de a expansão evocar a bolha norte-americana, esse crescimento é sustentado, afirmam especialistas entrevistados pela revista AméricaEconomia, que, em dezembro, traz um especial sobre o mercado.
De acordo com o presidente da Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança), Luiz Antonio França, esse aquecimento tende a ser sustentável e prolongado. O executivo, no entanto, faz ressalvas quanto ao crédito imobiliário, uma vez que os empréstimos foram concedidos, até o momento, quase totalmente com recursos das cadernetas de poupança e do FGTS. “Em dois ou três anos, essas reservas se esgotarão e será preciso recorrer a novas fontes”.
Segundo o presidente do SindusCon-SP (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo), Sérgio Watanabe, esse impulso no segmento resulta de décadas de demanda reprimida, cuja curva se inverteu em 2004. “Paralelamente, as ofertas no mercado de capitais permitiram que pouco mais de 20 empresas do setor captassem cerca de R$ 20 bilhões, o que colocou tanto imobiliárias quanto incorporadoras em um patamar mais elevado”, observa.
O diretor da área de Crédito Imobiliário do Bradesco, Cláudio Borges, aponta uma das razões para o clima de otimismo no segmento. “O financiamento imobiliário tornou-se um produto extremamente confortável para se trabalhar. Não há especulação. Até 40% do valor total do negócio tem sido bancado com dinheiro da poupança. A pessoa compra porque realmente está realizando o sonho da casa própria”, diz.
(Fonte : Publicado segunda-feira, dezembro 13, 2010 por portalvgv)


FGV prepara índice sobre investimentos no setor imobiliário

Interessados em investir no setor imobiliário terão uma boa ferramenta para aferir a rentabilidade de seus negócios a partir do segundo semestre deste ano. É quando a Fundação Getúlio Vargas (FGV) pretende lançar o Índice Brasileiro de Rentabilidade Imobiliária (Ibri), indicador que trará dados consolidados sobre a receita de investimentos de imóveis comerciais, incluindo shopping centers, escritórios comerciais, galpões industriais e garagens, entre outros. Futuramente, o indicador deverá agregar também o setor residencial.
Segundo Paulo Picchetti - idealizador do índice, professor da FGV e pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia, que coordena o Índice de Preços ao Consumidor Semanal -, o Brasil não dispõe hoje de um indicador consolidado para o setor imobiliário, e essa é a grande motivação para a construção de um índice como o Ibri:
“Hoje, cada investidor conhece a rentabilidade de sua carteira de imóveis, mas não tem uma ideia clara do que seja o desempenho do mercado como um todo. Fazendo uma analogia com o mercado acionário, é como se cada investidor pudesse acompanhar a rentabilidade do conjunto de ações particulares que possui, mas não pudesse compará-la com a média do mercado, caso o Ibovespa não existisse.”
Picchetti ressalta ainda que o objetivo do Ibri é também atrair novos investidores para o setor imobiliário, que hoje eventualmente possuem um grande interesse, mas não dispõem de indicadores para avaliar com maior precisão a atratividade desses investimentos.
“Com o índice, o mercado ganha uma compreensão muito maior de si próprio, com aumento de transparência e informação, resultando em maior número de negócios, e portanto maiores perspectivas de liquidez e rentabilidade.”
O Ibri será trimestral e fornecerá o valor de avaliação dos imóveis, o valor das receitas de aluguel e de outras receitas correntes, e também o das despesas, tanto na forma de capital - investimentos e benfeitorias -, quanto despesas operacionais, como propaganda, despesa de condomínio, contas de entidades públicas etc. O indicador será alimentado com informações concedidas pelos agentes que detêm carteiras de investimentos em imóveis, como fundos de pensão.
(Fonte: publicado em 16/06/2010 às 15:05 | Fonte: O Globo)

Quero investir! Por onde começar?

Tipos de investimentos disponíveis

Existe uma enormidade de opções onde podem ser feitos investimentos que vai depender dos seguintes critérios que devem ser entendidos e avaliados inicialmente:

RENTABILIDADE: É o que se consegue obter em relação ao que foi investido, geralmente um índice variável ou fixo que pode ser positivo ou negativo;

LUCRO: É o montante do resultado financeiro do investimento durante um período de tempo;

LIQUIDEZ: Significa a facilidade de transformar o investimento em dinheiro, pode estar associada ao tempo desta transformação;

RISCO: É basicamente a probabilidade de se obter um resultado diferente do esperado;

Com esta base inicial temos requisitos suficientes para determinar o tipo de investimento que podemos obter no mercado:

1.      Títulos de renda fixa
São títulos emitidos por empresas privadas ou pelo governo, onde são conhecidas as taxas de rentabilidade e o prazo do resgate, mas podem ser dividido em 2 tipos:

Com taxas pré-fixadas: Onde as taxas de remuneração e percentual de rentabilidade são conhecidas já no começo do investimento;

Com taxas pós-fixadas: Somente a forma de cálculo e prazo para resgate são conhecidos no início da aplicação. O percentual de rentabilidade pode variar conforme o desempenho do índice utilizado como base de cálculo;

Estes tipos de títulos oferecem menores rentabilidades comparados aos de renda variável porém os riscos são menores e controlados;

Os riscos mais prováveis são o não cumprimento da obrigação pela instituição que gerou o título ou que a mesma obtenha índices inferiores a outros de mesma natureza, mas mantendo a base do capital inicialmente aplicado. Em resumo, investimentos desta natureza na pior das hipóteses vc deixa de ganhar!

São indicados para investimentos de curto e médio prazos, e para investidores de perfis conservadores, onde buscam ganhos certos com pouco risco;

Ex.: Caderneta de Poupança, Fundos DI, CDBs e RDBs, Debêntures, Fundos de investimentos, Títulos Públicos; (Posteriormente estarei detalhando um a um)

2.      Títulos de renda variável
São títulos geralmente de empresas de capital aberto ou instituições especialistas onde não são conhecidas as taxas de rentabilidades e nem o prazo para o resgate. Geralmente estão ligados direto ao resultado das empresas ou das instituições emissoras destes títulos;

Estes tipos de títulos podem oferecer maiores rentabilidades, e desta forma são encontrados os maiores riscos;

Os riscos associados vão além do descumprimento da obrigação pela empresa emissora, mas também pela possibilidade de perda do capital inicial aplicado, através de índices negativos. Significa que aplicações desta natureza podem destruir o dinheiro aplicado!

São indicados para investimentos de longo prazo, e para investidores de perfis agressivos, onde buscam ganhos significativos e dinâmicos;

Ex.: Ações, Fundo de Ações e Derivativos; (Posteriormente estarei detalhando um a um)

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Afinal de onde vem os recursos ?

Origem dos recursos

Primeira coisa que precisamos entender é que os recursos não são gerados no nada! Vem de algum lugar! Ninguém oferece uma recompensa financeira por vontade própria ou por "samaritanismo".

Alguém em algum lugar decide aumentar as suas riquezas, mas para isso precisa de recursos financeiros que financiem a sua empreitada a partir de alguém que tem recurso sobrando (não é uma regra) e que também quer ganhar e aumentar as suas riquezas... Dai é que começa um jogo de uma verdadeira pirâmide financeira onde alguém puxa a fila.

Para exemplificar vamos imaginar uma criança que está jogando o seu ioiô alegremente pela rua quando vê os olhos de outras crianças saltar da cara ao ver o maravilhoso brinquedo. Como estas crianças não têm o ioiô elas almejam tê-lo ao custo que for (calma ainda estamos falando de relações comerciais), desperta então na criança dona do ioiô um forte sentimento de que pode oferecer algo a alguém e este estará disposto a pagar por isso. Então esta criança pode oferecer o seu ioiô a um preço maior que comprou e receber em mais em troca e dai estaria finalizada a equação para uma única criança, satisfazendo as duas partes. Porém a criança dona do ioiô identifica um momento de aumentar as suas riquezas se caso pudesse atender todas as crianças (aumento de produção), mas para isso ela verifica que não tem dinheiro no bolso para comprar outros ioiôs (capital de giro), e daí ela pode partir para a obtenção de recursos financeiros de outros (geralmente o pai ou um amigo próximo) para adquirir mais ioiôs a um preço inferior na vendinha e vender a um preço superior (à diferença chamamos de lucro), acontece que o pai (sovina) ou o amigo identificam uma oportunidade de aumento de riqueza também, enxergam que podem emprestar o dinheiro e receber uma recompensa por isso, afinal todos somos filhos de Deus! Desta forma identificamos os investidores, que são as pessoas/entidades dispostas a disponibilizar os recursos financeiros para que outras realizem os seus sonhos/negócios e ainda assim obter ganhos com o simples desejo de aumentarem as suas riquezas.

No exemplo acima fica claro que existe uma cadeia amarrada de negociações que dependem de fatores muito fortes como: Confiança e Risco!

Confiança é a alma do investimento, pois ela reflete o grau de afinidade e certeza da concretização do negócio até o seu encerramento. Ainda no exemplo acima, o investidor (pai ou amigo) deve ter um nível destacado de confiança para saber que ao final da operação terá aquilo que foi prometido pelo requerente (tomador). Quanto maior confiança menor o risco e vice-versa.

Risco é algo que sempre existe, pois quase na maioria dependem também de fatores externos, alguns incontroláveis e imprevisíveis. O risco pode ser grande ou pequeno conforme a negociação que está se planejando ou pelo alto desejo de ganhos maiores. Vamos ver quais riscos à operação de venda do ioiô poderia estar sujeita:
- Inicia uma forte chuva obrigando as demais crianças a entrarem em suas casas e não ter pra quem vender (fuga dos clientes);
- Surge um boato que alguém pode perder o dedo no ioiô se usado por muito tempo (diminuição da expectativa pelo produto);
- Aparece outro menino jogando peão que ao ver é mais interessante que o ioiô (concorrência);
- Alguém descobrir que comprando direto na vendinha sai mais barato (opções de mercado);

Veja que no exemplo acima poderíamos ter várias correntes de investidores a medida que cada um identifica uma possibilidade de ganho, podendo buscar recursos de outros investidores, e assim sucessivamente.

Em resumo, investimento é estar disposto a fornecer os recursos financeiros a outrem que se compromete a estar recompensando conforme algumas regras pré-estabelecidas (na maioria das vezes) e que se baseiam em três aspectos básicos: Retorno, Prazo e Proteção;

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Por que investir ?

Afinal por que investir?

Investir basicamente é um exercício financeiro para aumentar as nossas riquezas, que caso não façamos nada com nossas economias (ou reservas), estas tendem a depreciarem com o tempo à medida que a valorização dos recursos disponíveis no mercado é inevitável.

É uma disputa incessante na busca de aumentar as riquezas e abocanhar uma fatia a mais destas disponibilidades do mercado, é como se disputássemos a todo instante as sobras financeiras que ficam a disposição de todos. Um jogo que não tem pausa e nem dá tréguas, quem bobear, fica com a menor parte!

Muitas vezes comparo os investimentos financeiros ao momento de uma festa infantil quando as crianças (investidores) se juntam para aguardarem alguém (mercado) estourar aquele bexigão cheio de balas e guloseimas (recursos) e quando isto acontece ocorre uma disputa pelos recursos para abocanharem o máximo que podem, todos tentam buscar o máximo de recursos ao alcance sem pensar, ninguém avalia a satisfação básica, todos querem maximizar o ganho, é inevitável! Busquei um vídeo no Youtube para ilustrar o exemplo (http://www.youtube.com/watch?v=AIBcmCb2Bpc).

Em resumo: Todos estão investindo e valorizando os seus ativos, quem não acompanhar estará perdendo ou seria melhor dizer: Deixando de ganhar!

É neste momento que entra em jogo a necessidade de investir, e para isso o mercado disponibiliza diversas alternativas para este aumento da riqueza, nos obrigando a sermos investidores insaciáveis...

Existe risco?

É óbvio que a medida que visamos maximizar o ganho para obter mais riquezas, temos 2 fatores diretamente proporcionais: esforço e risco!

O esforço pode ser entendido como a avaliação das diversas possibilidades disponíveis no mercado e a análise da melhor alternativa para alcançá-lo. Aquele que "gasta" mais tempo avaliando e estudando o mercado tem maior probabilidade de aumentar o seu ganho.

O risco é um fato inerente ao aumento do ganho e tende a aumentar a medida que a ambição aumenta, gosto de comparar o risco à paquera da garota mais bonita do colégio, quanto mais bonita maior o risco de levar um fora, pois as alternativas de garotos disputando a mesma garota são maiores, o que lhe dá o luxo de escolher e decidir quem levará o maior "lucro".

Não julguemos àqueles que obtenham grandes ganhos financeiros com investimentos como sortudos ou oportunistas, na grande maioria realizam grandes esforços e estão a mercê de grandes riscos para assim aumentarem proporcionalmente as suas riquezas, é um jogo duro e com adversários insaciáveis! Lembrem do bexigão!

Analisaremos com o tempo as diversidades de possibilidades e os riscos e esforços existentes a cada um destes.