segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Entendendo o Mercado de Ações

Há quem invista em ações pensando que está apenas comprando papéis da empresa, que flutuam ao sabor do mercado; mas, na verdade, o que ocorre é que, ao comprar ações, uma empresa está comprando uma fatia bem pequena de participação na companhia. O acionista é, antes de tudo, dono de uma pequeníssima parte da empresa.

Mas por que uma empresa deve ter suas ações na bolsa? Afinal, não é melhor para os donos da companhia terem todos os lucros para si mesmos? Por que eles o dividiriam com milhares de outros investidores? Em outras palavras, o que a empresa ganha com isso?
O principal fator é que uma empresa pode ganhar muito com os famosos IPOs (Initial Public Offering), ou Oferta Pública Inicial: é o primeiro momento em que uma empresa emite ações. Nesse instante, como há investidores que adoram comprar ações em IPOs, a companhia pode lucrar muito. Às vezes, o retorno com a venda das ações é bastante superior ao valor real da empresa, o que gera um capital excedente muito importante para que ela possa investir em projetos mais ambiciosos.

E por que há quem compre ações em IPOs? Normalmente, as informações prestadas pela empresa ao mercado são insuficientes para avaliar o histórico da empresa ao longo de um período maior de tempo (10, 15, 20 anos), mas mesmo assim muitos especuladores se interessam bastante pela aquisição de ações em IPOs, porque, muitas vezes, é possível ter lucros muito fortes em dois ou três dias. Apesar disso, as estatísticas mostram que, na média, comprar ações de IPOs não é mais ou menos lucrativo do que comprar ações em outro dia qualquer.

Empresas podem emitir ações em outros momentos, para se capitalizar. Com as novas ações, a empresa ganha novo capital, sem praticamente qualquer custo. Dessa perspectiva, é melhor emitir ações do que obter um empréstimo, pois a empresa não precisa pagar juros ao acionista, como precisaria no caso de um empréstimo ou financiamento. É dinheiro novo que entra, sem custo financeiro.

Mas empresas que emitem ações demais em momentos diferentes do IPO têm um custo adicional: a confiança do acionista. Ao emitir novas ações, a empresa dilui seu capital em mais ações. Se uma empresa tem 1000 ações, alguém que tenha 100 ações tem 10% da companhia. Se ela emite mais 1000 ações, esse acionista terá diminuída sua participação para apenas 5%, tendo direito a uma parcela dos lucros muito menor.

Por outro lado, empresas muito lucrativas podem se dar o luxo de fazer o inverso: comprar ações disponíveis no mercado. Se alguém tem 100 ações de uma empresa que tem 1000 ações, com 10% das ações da companhia, e a empresa compra 500 ações, a participação do acionista sobe para 20% das ações da companhia. Ou seja, ao comprar suas próprias ações, a empresa gera valor adicional para o acionista.

Portanto, cuidado com empresas que emitem ações muitas vezes em um período curto de tempo: ela pode estar passando por dificuldades financeiras e precisa desse capital para se financiar. Prefira empresas que tenham programas de compra constantes de suas próprias ações.

(Fonte : http://opequenoinvestidor.com.br/ )

domingo, 30 de janeiro de 2011

Tesouro Direto - Dicas de investidores

Com todas as informações passadas para este tipo de investimento, aqui vão algumas outras dicas que auxiliarão no dia-a-dia e espero ajudá-los, caso alguém tenha alguma outra dica favor postar um comentário, afinal todos queremos distribuir as nossas informações... ou não ???

Site oficial do Tesouro Nacional

Calculadora para Simulação

Consulta Preços e Taxas dos Títulos

Consute a Rentabilidade dos Títulos

Índice de Mercado da Andima

Taxas on-line

Títulos Públicos - Legislação

Sugestão de leitura sobre Tesouro Direto

Blog especializado em Tesouro Direto

BOA SORTE !

Tesouro Direto, como negociar ?

Comprar e vender títulos públicos é relativamente simples, basta realizar o cadastro no Tesouro Direto através de algum agente de custódia da CBLC e efetuar as compras ou vendas. Antes de partir para as compras, vale lembrar que o investidor precisa ser cadastrado no programa. Depois disto, as transações são feitas pela própria pessoa física ou por meio de algum dos bancos ou corretoras habilitados no Tesouro Direto (Agente de Custódia), com a devida autorização do investidor.

É possível efetuar as compras por três formas distintas:
  • Diretamente no site do Tesouro Direto - O investidor deve se cadastrar no Tesouro Direto por meio de um Agente de Custódia da CBLC, que pode ser uma Corretora de Valores, Banco Comercial, Múltiplo ou de Investimento e Distribuidora de Valores. Após o cadastro, com senha individual, o investidor acessa uma tela específica na área restrita do site e negocia seus títulos públicos;
  • Por meio de um Agente de Custódia. O investidor autoriza o Agente de Custódia (Bancos e Corretoras habilitados) a negociar títulos públicos em seu nome, no site do Tesouro Direto. Essa opção é indicada para quem não tem acesso à Internet ou, por algum motivo, não deseja comprar pessoalmente;
  • Diretamente no site do Agente de Custódia. Alguns Bancos e Corretoras habilitados integraram seus sites ao do Tesouro Direto. Isso significa que o investidor pode negociar seus títulos públicos no site da própria instituição financeira, em tempo real e com os mesmos preços e taxas do site do Tesouro Direto. Todavia, esta opção é disponível somente em algumas Corretoras e Bancos, divulgados pelo Tesouro Direto;

Custos do Tesouro Direto
Há uma taxa de 0,30% ao ano sobre o valor dos títulos em custódia, relativa à prestação dos serviços de guarda dos títulos e informação dos saldos e movimentações dos investidores. Esta taxa é cobrada pela CBLC. Além disto, os agentes financeiros que intermediam as operações realizadas pelo Tesouro Direto cobram taxas de serviços (corretagem) que são livremente pactuadas com os investidores.

No primeiro ano de negociação há a cobrança de uma taxa adicional no valor de 0,10% sobre o valor dos títulos em custódia, esta cobrança é feita apenas no primeiro ano.

Mais Informações...
Ao acessar a área exclusiva do Tesouro Direto, o investidor deve informar a quantidade ou valor financeiro de cada título que pretende comprar ou vender. Uma vez escolhidos todos os títulos que de interesse, o sistema irá conferir os limites por CPF, verificar a disponibilidade dos títulos e solicitar a confirmação.

Após a confirmação da compra do título, o sistema do Tesouro Direto informará a data limite para que os recursos necessários à aquisição estejam disponíveis na conta do Agente de Custódia. O investidor deverá entrar em contato com seu Agente de Custódia para saber os dados da conta, onde irá depositar o dinheiro. Caso seja cadastrado nos bancos integrados ao sistema do Tesouro Direto, o processo será o mesmo.

Quando se tratar de uma venda,a CBLC (Câmara Brasileira de Liquidação e Custódia), após receber do Tesouro Nacional o valor referente aos títulos, debita os títulos da Conta de Custódia e repassa o dinheiro para o Agente de Custódia, responsável pelo recolhimento dos impostos e o repasse do dinheiro ao investidor.

Como acompanhar os investimentos no Tesouro Direto

A ANBIMA divulga diariamente as cotações de preços e taxas de todos os títulos públicos de emissão do Tesouro Nacional e que são colocados em mercado através de leilões competitivos , negociados no mercado secundário (qualquer negociação ocorrida após a emissão do título). A ANBIMA é responsável por coletar, através de 14 bancos, 10 fundos de investimentos e 14 brokers (sociedades distribuidoras e corretoras de títulos e valores mobiliários), os indicativos de preços/taxas ocorridos durante o período de negociação do dia.

As instituições credenciadas para envio das informações dos negócios informam à ANBIMA, para cada título negociado no mercado:
  • As taxas máximas;
  • As taxas mínimas e;
  • As taxas indicativas (aquela avaliada pela instituição como referência de taxa justa);
A partir destas informações, a ANBIMA utiliza-se de uma metodologia de “filtros estatísticos”, de forma a apurar a taxa máxima, mínima e indicativa que represente de forma mais acurada as taxas de referência do título.

Títulos para os quais a ANBIMA divulga preços (PU) e taxas:
  • NTN-B = %ao ano / 252 dias (exponencial)
  • LTN = %ao ano / 252 dias (exponencial)
  • LFT = % ao ano / 252 dias (exponencial)
  • NTN-C = % ao ano / 252 dias (exponencial)
Acompanhe você mesmo... No início é complicado, depois vc acostuma...
http://www.andima.com.br/sistemas/taxasonline/consulta/versao/1.0013/taxasOnline.asp

Rentabilidade do Tesouro Direto - Posição em 28/01/2011

TítulosVencimentoRentabilidade BrutaTaxa do Dia (a.a.)
Últ. 30 diasMês AnteriorNo Ano12 MesesCompraVenda
Prefixados
LTN01/07/20110,90%0,97%0,76%--11,97%
LTN01/01/20120,77%0,99%0,59%11,15%12,52%12,56%
LTN01/01/20130,17%1,10%-0,12%11,16%12,97%13,02%
LTN01/01/2014----12,97%13,03%
LTN01/01/2015----12,92%12,98%
NTN-F01/01/20120,80%0,99%0,60%11,22%-12,55%
NTN-F01/01/20130,30%1,06%-0,03%11,35%-13,01%
NTN-F01/01/2014-0,19%1,19%-0,65%11,90%-13,01%
NTN-F01/01/2017-0,0110,0178-0,0180,147212,77%12,83%
NTN-F01/01/2021-1,59%2,27%-2,37%-12,79%12,85%
Indexados à Taxa Selic
LFT16/03/20110,94%0,93%0,82%9,99%-0,01%
LFT07/03/20120,92%0,91%0,80%9,96%-0,02%
LFT07/03/20130,88%0,86%0,76%9,92%-0,03%
LFT07/03/20140,82%0,80%0,69%9,85%-0,04%
LFT07/03/20150,78%0,76%0,65%-0,00%0,04%
LFT07/03/2017----0,00%0,04%
Indexados ao IGP-M
NTN-C01/03/20111,21%0,91%1,09%14,84%-1,81%
NTN-C01/07/2017-0,02%1,58%-0,30%15,26%-6,21%
NTN-C01/04/2021-0,55%1,57%-0,83%21,81%-6,17%
NTN-C01/01/2031-0,52%2,54%-0,81%23,52%-5,96%
Indexados ao IPCA
NTN-B15/05/20111,47%0,86%1,31%12,39%-2,92%
NTN-B15/08/20121,55%1,16%1,29%13,43%-6,01%
NTN-B15/05/20131,02%1,47%0,62%13,28%-6,48%
NTN-B15/05/2015-0,11%1,87%-0,35%13,49%6,49%6,53%
NTN-B15/05/2017-0,04%1,60%-0,30%15,15%6,15%6,21%
NTN-B15/08/2020-0,67%1,64%-0,97%15,61%6,16%6,22%
NTN-B15/08/20240,33%2,19%0,08%17,01%5,85%5,93%
NTN-B15/05/2035-1,20%3,84%-1,61%19,58%5,77%5,87%
NTN-B15/05/2045-3,85%3,64%-3,86%20,55%5,77%5,87%
NTN-B Principal15/05/2015-0,41%2,03%-0,62%13,70%6,51%6,55%
NTN-B Principal15/08/20240,65%2,86%0,49%20,12%5,73%5,81%
NTN-B Principal15/05/2035-3,04%8,01%-3,64%-5,63%5,73%


(Fonte : http://www.tesouro.fazenda.gov.br/tesouro_direto/rentabilidade.asp )

Rentabilidade do Tesouro Direto

O tesouro direto pouco a pouco vem se consolidando como uma alternativa importante para quem quer ter uma boa rentabilidade, mas não abre mão da segurança. Muitas pessoas têm alardeado aos quatro cantos que a renda fixa tem perdido para a poupança, por causa da taxa Selic, mas quase ninguém fala no tesouro direto: apenas utilizam como parâmetro CDBs, Fundos DI e outros fundos de renda fixa.

Mas a verdade é que muitos títulos do tesouro direto tiveram uma rentabilidade fantástica nos últimos meses. Há títulos que pagaram, mais de 1%, superando com folga os rendimentos da poupança. É claro que esse rendimento não se repete todos os meses (podendo inclusive a ser negativo), mas indica a importância dessa grande alternativa para o investidor diligente.

IMA - Índice de Merca do ANBIMA
O IMA é uma  família de índices de renda fixa calculada e divulgada pela ANBIMA. Ela  é composta  de carteiras teóricas de títulos públicos federais, separadas de acordo com seus indexadores e prazos, de maneira a atender às necessidades de diversos tipos  de  investidores e respectivas carteiras. Assim,  seus  subíndices  refletem o comportamento dos seguintes tipos de remuneração: prefixados; atrelados à Taxa Selic; IPCA; e IGP-M. Os índices de títulos atrelados a índices de preços e prefixados – IMA-B, IMA-C e IRF-M – são  ainda  subdivididos  em  duas  parcelas,  de acordo com o prazo de vencimento dos títulos que compõem os índices.

Tais  índices  medem  a  evolução  do  valor,  a  preços  de  mercado,  das  suas  carteiras teóricas,  em  que  os  montantes  aplicados  em  cada   título  (vencimento)  têm  a  mesma proporção com seu estoque em poder do público. Por exemplo, o IMA-S era composto por 22 vencimentos diferentes de  LFT (em dez/09), e o seu cálculo depende  da quantidade  de cada título em mercado e seus respectivos preços. Até abril de 2010, as carteiras eram ajustadas diariamente pela influência de cada evento (colocações  e  resgates)  que  impactasse  o  estoque  de  seus  componentes  em  mercado.  A partir de maio  desse  ano,   as  carteiras passaram  a ser  rebalanceadas mensalmente  e foram incluídos critérios de seleção de componentes, que consideram sua liquidez potencial. Para passar a compor as carteiras dos subíndices do IMA, os títulos devem ter sido colocados de forma competitiva (leilões da Secretaria do Tesouro Nacional) em pelo menos duas ocasiões e ter no mínimo um mês para o seu vencimento (na data de rebalanceamento). Informações diárias e maiores detalhes a cerca da metodologia do IMA podem ser encontradas no site da ANBIMA na Internet.

Rentabilidade Acumulada de Títulos Públicos em 12 meses
Índices de Mercado da Andima (IMA)
IMA - Índices de renda fixa calculados com base na evolução do valor de mercado de carteiras compostas por títulos públicos. O IMA geral é o resultado da ponderação das variações de cada índice; o IRF-M é composto por títulos prefixados (LTN e NTN-F); o IMA-C, por títulos atrelados ao IGP-M (NTN-C); o IMA-B, por títulos atrelados ao IPCA (NTN-B); e o IMA-S, por títulos atrelados à Taxa SELIC (LFT).